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Resenha: Eva - William P. Young

sábado, 28 de dezembro de 2019



Autor: Willian P. Young
Páginas: 240
Editora: Chiado 
Classificação: 4/5
Sinopse: Um suspense emocionante, William P. Young, autor de A cabana (4,5 milhões de exemplares vendidos no Brasil) faz em seu novo livro uma abordagem totalmente nova e inspiradora da história da Criação.

Fruto de mais de 40 anos de pesquisas, fiel aos textos bíblicos originais e com uma narrativa primorosa, Eva apresenta um ponto de vista humano e reconfortante de um dos episódios mais tristes das Escrituras: o momento em que o homem vira a face para Deus e é expulso do Paraíso.

Com sua capacidade única de emocionar e fazer refletir, o autor trata de temas como perda, culpa, perdão e redenção, e cria uma alegoria sobre a importância de nossas escolhas, a verdade de nossas origens e o poder transformador do amor de Deus.

A leitura deste livro foi um tiro no escuro, não tinha lido nenhuma opinião sobre ele e comprei apenas pela sinopse e também por já conhecer o autor, embora já tivesse lido ''A Cabana'' e ser um dos meus favoritos, minhas expectativas eram bem altas e William novamente não me decepcionou.

 Em um lugar chamado Refúgio, universo paralelo ao nosso, John, o catalogador responsável pelas coisas que chegam na praia, encontra um contêiner trazido pelo mar e dentro dele está o corpo de doze garotas, ao abrir ele descobre que elas foram brutalmente assassinadas na Terra, não é dito como elas chegaram até lá, sendo que são mundos diferentes. Num compartimento escondido da caçamba ele encontra uma garota que ele não sabe se está morta ou não, e a partir de então, John se torna um descobridor, sendo responsável por ela.

 A garota é a Lilly, que não se recorda do seu passado, demora para lembrar seu nome. Descobrimos sobre sua vida a mesma medida que ela, além de estar frágil, traumatizada, com medo, não entende onde está e qual o proposito de ainda estar viva, mas logo é dito que ela é uma testemunha, foi escolhida pra presenciar a criação do mundo e descrever o que foi visto. Por sua condição física frágil ela passa a maior parte do tempo em coma para se recuperar, e são nesses momentos que ela encontra com Eva, uma mulher negra e alta dita como a a mãe de todos os vivos.


Numa leitura fluída e narrado em terceira pessoa, passeando com Eva, Lilly observa de perto o  jardim do Éden, apresentado desde a criação de Adão, quando todos os seres e a natureza presenciaram seu nascimento, até o momento que o filho vira a face para Adonai (Deus possui muitos nomes, e esse é o principal no livro).

 Sendo obra de estudos por mais de quatro décadas pelo autor, misturado com ficção, ele nos trás personagens secundários, tal como Letty, uma espécie de '' Ranheta'' e Guardiões, que cuidam da saúde da Lilly, porém não são muito aprofundados, suas origens não são explorados, incluindo o John, não se sabe o que ele é exatamente, um humano, um anjo ou qualquer outro ser, mas mesmo assim me cativaram, principalmente Eva, o autor desconstrói a imagem estereotipada de uma mulher que ofereceu a maçã para seu companheiro, trazendo o pecado à  humanidade. Ao contrário, é uma pessoa com ternura, que olha com amor para Adão e seu criador. 

É explorado também o momento Adão vira a face pra Adonai, que tem a origem muito antes do ato de comer o fruto proibido. Totalmente imersa na narrativa, eu senti junto com os personagens a dor, as consequências de suas escolhas  dentro e fora dos portões do Éden.

Mesmo sendo fruto de vários anos de pesquisas, não se deve tomar como verdade absoluta as lacunas de Gêneses que o livro se propôs a completar, mas é uma leitura emocionante e que toca quem  ler. Ademais, para uma melhor compreensão da leitura, o leitor deve estar aberto à narrativa, com uma perspectiva diferente da história que conhece sobre o paraíso. Assim como A Cabana eu vejo não apenas a história de uma criança desaparecida, mas também sobre ter fé e o processo de autoperdão,  ''Eva'' pode ser interpretado com um significado a mais,  um convite pra conhecer sobre o amor e perdão divino, a culpa e arrependimento humano.

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